quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O fim de uma saga

Hoje o meu menino foi ao dentista, com o pai, e soube agora que teve de arrancar o dente. Dito assim, parece que estou triste, mas não. Finalmente terminamos uma situação que estava a prolongar-se e de certa forma, eu sentia que o fim era inevitavelmente este que aconteceu hoje.
Passo a explicar: o T., com apenas 18 meses (Março /Abril de 2009, não sei precisar), caiu e partiu um dos dentes da frente, maxilar superior. Partiu o dente quase rente à gengiva. Na altura ficou uma polpa translúcida à vista, que no espaço de 2 dias ficou negra e com um cheiro mau. Levei-o ao dentista e ela disse-me que estava infectado e que tinha de tomar o Clavamox e que depois tinha de arrancar o dente. Assim foi, dei o antibiótico e esperamos uns dias até regressar ao dentista. Quando cheguei, pesamos o T. e ele tinha cerca de 11 kg (ela pediu à assistente para o pesar para ver a dose de anestesia que teria de ministrar para lhe poder extrair o dente). Em virtude de não ter 15 kg ela disse-me que não podia extrair o dente, mas que teria que o desvitalizar para que não acontecessem mais infecções. Bem dito, bem feito. Foi um procedimento horrível, tivemos de o enrolar num lençol e durante 30 minutos contorceu-se, gritou e esperneou. A dentista, no final disse-me que teria de lá voltar quando ele tivesse mais peso, para arrancarmos o dente ou, nos entretantos, caso ele tivesse de retocar a massa que ficou a tapar o canal.
Entretanto, no Verão foi à consulta de rotina no Pediatra e ela conselhou-nos a consultar um odontopediatra, que o viu em Setembro e nos orientou no sentido de não arrancar o dente, pois segundo ela, o dente ainda cumpria a função de manter o espaço em aberto para que a dentição não avançasse para o espaço que entretanto se criaria com a extracção do dente. Todavia, disse-nos que ao minimo sinal de infecção o dente teria de ser extraído.
Nesta segunda-feira, à noite na brincadeira o T. bateu com a boca no sofá e a massa que protegia o buraco caiu. O odor era horrivel.
Ainda tentei marcar consulta na odontopedriata que o tinha visto em setembro mas ela tinha a agenda cheia. Assim, tentei através de uma amiga, consulta num outro dentista. Fui ontem à consulta, mas ele disse-me que não faria nada contra vontade do T.
Ora, o T., com dois anos, não é propriamente colaborante no que respeita, ainda por cima em mexer na boca, quanto mais arrancar o dente. Como o dentista é contra métodos mais agressivos, tais como o método do lençol, aconselhou-me a ver um dentista que pudesse fazer uma anestesia consciente. Eles ficam atordoados e nem dão bem conta do que se passa.
Onde arranjar um dentista??... tentei novamente a minha sorte ontem ao fim do dia e consegui uma consulta na Odontopediatra, devido a uma desistência, hoje às 10h30.
Quando ela viu o dente não teve dúvidas que teria de ser arrancado. Segundo o papá, ele portou-se, dentro do possível, como um valente e a quantidade de pûs que saiu do dente foi impressionante.
De certa forma, sinto um alívio enorme por toda esta situação estar resolvida.
Desculpem o desabafo... hoje não há receitas.

5 comentários:

  1. Ufa!!! ;( sabes qd se fala em dentistas sinto um arrepio na espinha..... tadinho do T!! ainda bem q acabou!! UF!!!! fico feliz!

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  2. puxa q sofrimento! ainda bem q já está td resolvido, um beijo para o valente T!

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  3. Minha querida, ainda bem que chegou ao fim esta triste saga!

    E agora sorriso na boca! :)

    Beijinhos.

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  4. Ai que tristeza e, ao mesmo tempo que alívio. coitadinho do teu menino, ninguém merece sofrer como ele já sofreu no dentista.
    Agora ele irá ficar bom. Menino de coragem.
    Desabafa sempre, lerei e comentarei com todo o carinho.
    Beijinhos

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  5. Obrigada a todas pelos simpáticos comentários.

    Bjs

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