quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ameijoas à Bulhão Pato



Tempo quente a pedir um petisco muito apreciado lá em casa, as amêijoas à Bulhão Pato. Oficialmente abriu-se a época do petisco! Venham agora os caracóis, a bela da imperial e pão torrado.


História das Amêijoas à Bulhão Pato


Bulhão Pato foi um escritor do Séc. XIX que memorializou com uma grande paixão vivencial a vida portuguesa da sua época, através de um quotidiano passado nas mesas de cafés e restaurantes da capital, onde mantinha acaloradas discussões com proeminentes figuras publicas das artes e da politica nacional, sobretudo através de uma prosa literária, que o tornaram bastante popular nessa época em que se assistia aos acontecimentos revolucionários da "Maria da Fonte".

Gostava de caçar e era grande amante da arte gastronómica, como o comprovam algumas receitas que nos deixou escritas no célebre: "Cozinheiro dos Cozinheiros", do mestre Paulo Plantier, a pedido do mesmo.

Mas foi sobretudo um grande apreciador dos prazeres da mesa e da vida, pos, segundo reza a história, para além de afamado gastrónomo, era muito admirado pelo sexo oposto.

Foi frequentado das mais famosas casas de Lisboa do Século passado, como o "Price", o "Penium" e o "Mata", mas terá sido, segundo Alfredo de Morais, num restaurante da Rua da Bela da Rainha (actualmente Rua da Prata), mais precisamente no "Estrela de Ouro", que nasceu esta receita com o nome do escritor.

Não foi invenção sua, mas sim de um cozinheiro que aproveitou para o homenagear enquanto bom apreciador deste prato, provavelmente como forma de agradecimento aos elogios que Bulhão Pato proferia às suas confecções culinárias. Estes bivalves eram na época muito apreciados, constituindo uma iguaria bastante requintada para as mesas dos lisboetas.

Existiam no Tejo, com a notícia, desde o Séc. XVI, de serem apanhadas em Porto Brandão e vendidas nos mercados de Lisboa, onde eram consumidas em grande quantidade.

Retirado de " A Cultura Gastronómia em Portugal"



Ingredientes (4 comensais)

1 kg de amêijoas
2 colheres de sopa de azeite
4 dentes de alho
1 limão
1 raminho de coentros
sal

Confecção
Arranjam-se as amêijoas como habitualmente, pondo-as de molho em água com bastante sal e lavam-se em várias águas para largarem a areia. Leva-se ao lume o azeite, deixa-se aquecer e juntam-se os dentes de alho esmagados com casca e tudo. Deixa-se alourar um pouco. Introduzem-se as amêijoas e os coentros picados grosseiramente e tempera-se com sal (se necessário). Mexe-se o recipiente de vez em quando. Quando todas as amêijoas estiverem abertas, regam-se com o sumo de meio limão. Serve-se com o restante limão cortado em quartos.

PS - li algures, não me lembro onde, que as amêijoas devem ser abertas na frigideira em lume bastante alto, não demorando muito tempo no processo. Isto faz com que a amêijoa não perca dos seus sucos e fique mais saborosa. Se é certo ou não, não sei. Mas que faço sempre isto, lá que é verdade, é.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Batatas doces assadas

Eu confesso! Sou perdida por batata doce, seja ela assada, cozida ou frita. Adoro, adoro, adoro! Acompanha bem tudo! Mas como eu gosto mais... é servida assada em papelotes com maionese de alho! Um must para acompanhar uma belissima picanha grelhada na brasa!





Não digo mais nada... estou a morrer de fome e já só penso no almoço!

Estas batatinhas que aqui estão foram compradas directamente do produtor, acabadinhas de arrancar da terra.

Como fazer? Lavar muito bem a batata, dar um corte em cruz, temperar com sal e enrolar em papel de alumínio. Levar ao forno até assarem (pode levar algum tempo e é bastante variável, depende muito da qualidade da batata, do tamanho, etc.). Depois de estarem assadas, preparar a maionese com bastante alho picado e juntar umas ervas aromáticas a gosto (coentros, salsa, o que quiserem). Abrir com cuidado a batata e pôr a maionese no interior. Levar a gratinar.

Parece que ainda sinto o sabor na boca...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quadrados deliciosos de noz e café


Inspirei-me no Blog fantástico da baunilha e caramelo e fiz apenas algumas pequeninas alterações, não porque a receita precisasse, mas por falta do ingrediente em questão :)

Ficaram mesmo deliciosos. Apenas faço um reparo... a cozedura do bolo é bastante rápida, pelo que para a próxima vez, não vou deixar mais do que 15 minutos no forno (deixei cerca de 20 m).

Vou postar a receita original e à frente deixo as minhas alterações.

Ingredientes
110g manteiga magra (à temperatura ambiente)
175g de açúcar amarelo
3 ovos
75g de nozes
175g farinha
1+ ½ colher de chá de fermento
1+1/2 colher de chá de café (não tinha e fiz um expresso na máquina da nespresso)
2 colheres de sopa de água quente

Cobertura
100ml de natas
2 colheres de sopa de açúcar de confeteiro (icing sugar)
30g de chocolate negro
1/2 colher de chá de café em pó (como já referi, não tinha e por isso juntei uma colher de expresso já feito)


Preparação
Pre-aquecer o forno a 180º. Untar um tabuleiro de 30x20 cm com manteiga e forrar o fundo com papel vegetal untado. Polvilhar com farinha.

Colocar as nozes na trituradora, até que estas fiquem picadas grosseiramente.

Peneirar a farinha e o fermento.

Dissolver o café em pó na água quente e deixar arrefecer.

Bater com a batedeira, a manteiga com o açúcar até obter um creme esbranquiçado (3 a 5 minutos). Adicionar os ovos um a um, batendo muito bem entre as adições. Aos poucos misturar a farinha e o fermento e continuar a bater até ficar tudo bem misturado.

Adicionar à massa as nozes e o café e misturar até ficar homogéneo.

Colocar a massa na forma e levar ao forno até estar cozido (teste do palito no centro do bolo). Se necessário durante a cozedura tapar com uma folha de alumínio. (Como já referi, 15 a 20 minutos é tempo suficiente para o bolo cozer).

Desenformar o bolo para uma tábua e com cuidado retirar o papel vegetal. Deixar arrefecer .

Cobertura
Num tachinho juntar todos os ingredientes para a cobertura e levar a lume brando (mexendo sempre). Deixar o chocolate derreter completamente e o creme engrossar. Retirar do lume e deixar arrefecer um pouco.

Cortar o bolo em pequenos pedaços. Com cuidado mergulhar os pedaços de bolo na cobertura, de forma que apenas o topo fique coberto com chocolate. Decorar cada quadrado com uma metade de noz.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lasanha de soja granulada


Pela primeira vez utilizei soja...

E sabem de uma coisa??? O meu marido nunca desconfiou que era soja, apenas disse que estava com falta de sal, nada mais.

Uma delícia.



Ingredientes


1 chávena cheia de soja granulada
1 lata grande de tomate aos pedaços ( ou 4 tomates maduros)
1 cebola grande
2 dentes de alho
molho bechamel
placas de massa de lasanha q.b
100g de queijo ralado mozzerella ou a gosto
sal & pimenta
azeite q.b
oregãos e manjericão


Preparação
Comece por colocar a chávena de soja a hidratar em duas chávenas de água durante 45 min. Tempere a soja com sal, alho e pimenta. Para o molho de tomate, pique bem a cebola e os alhos e aloure-os no azeite. Junte o tomate e deixe ferver. Tempere com sal, oregãos e manjericão. Se achar que está muito ácido pode juntar uma colher de chá rasa de açúcar. Retire o excesso de água da soja e junte-a ao molho de tomate e deixe apurar bem. Quando estiver pronto pode começar a fazer a lasanha, iniciando por colocar molho bechamel no fundo do pirex. De seguida cubra com massa, depois a soja e novamente molho bechamel. Continue a sequência até acabar o molho de soja e termine com camada de massa e bechamel. Polvilhe com o queijo ralado. Leve ao forno pré-aquecido a 200 ºC por 30-45 min. Pode ir vendo se a massa está cozida espetando um garfo.