terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Bolo de aniversário - a primeira experiência




Tal como imaginava, o bolo de aniversário ficou um pouco seco... também pudera, esqueci-me do bolo dentro do forno, para além de que tinha a temperatura nos 220 C (tinha feito uma massa folhada e não me lembrei de alterar a temperatura)... conclusão, de repente, começa um cheirinho a aparecer na sala, tipo "algo se passa e não me lembro o quê"... bolas! O Bolo! Também não pensem que ficou queimado, nada disso, apenas demasiado cozido nas laterais e fundo e, mal cozido no meio :)

Ingredientes
250 gr de manteiga
250 gr de farinha (utilizei 125 gr de maizena e a restante farinha de trigo)
280 gr de açúcar
9 gemas
5 claras batidas em castelo
1 colher de chá de fermento
100 gr de amendoas picadas grosseiramente

Recheio
1 lata de leite consensado cozido

Cobertura
Adquirida na Loja Casa de Bolos no Centro Comercial Arco Iris (Campo Pequeno). Obrigada Elisabete http://kindineosonho.blogspot.com/ por me teres indicado a loja. *

Preparação
Bata a manteiga até ficar esbranquiçada, junte o açúcar e continue a bater. Adicione as gemas, uma a uma, e entre as adições bata bem a massa. Junte as farinhas e o fermento e envolva bem. Adicione as amêndoas (triturei-as na máquina 123, com pele) e misture. À massa, adicione agora as claras batidas em castelo, envolvendo delicadamente. Leve a cozer em forma redonda, forrada com papel manteiga, para não ter problemas em desenformar o bolo. Forno a 180 C, durante uns 40 minutos.

Passado 2/3 minutos de tirar o bolo do forno, desenforme e deixe arrefecer por completo (importante!) o bolo sobre uma grade. Depois de arrefecido corte o bolo ao meio com o auxílio de uma faca de cortar pão, para facilitar as coisas faça um pequeno corte no bolo na vertical, assim saberá sempre onde deve colocar "a tampa" do bolo, depois de recheado e assim fazer um match perfeito. Recheie o bolo com o leite condensado cozido e coloque a parte de cima do bolo. Reserve uma colher de sopa do leite condensado.

Prepare a pasta de açúcar. Pegue e amasse um pouco, se estiver muito rija, como foi o meu caso, leve ao microondas 20 segundos no máximo. Eu trabalhei a massa na bancada de mármore, mas o ideal será fazê-lo sobre uma placa de silicone, para que não pegue. Para resolver este problema, coloquei açúcar em pó para conseguir estender a massa. Estender a massa fina. Barrar o bolo pelo exterior com a tal colher de sopa de leite condensado, para a pasta de açúcar agarre (dica do senhor da loja). Com o auxílio de um rolo da massa, desprenda a pasta de açúcar e ponha cima do bolo. Ajuste com as mãos e corte o excesso.  decoração ficará tão mais bonita, se o bolo não tiver imperfeições... como podem ver pelas minhas fotos o meu bolo ficou com um baixo no meio, devido à massa não estar tão cozida no centro. Enrolar a pasta com cuidado para debaixo do bolo. Vêm aí as margaridas... com um utensílio próprio para as fazer, que comprei na loja Casa dos Bolos. Estender a pasta de açúcar finamente e cortar com o cortante e colar, sim colar... no bolo. O senhor vendeu-me uma cola alimentar para colar as margaridas... barata.

Dificuldade? Nenhuma, é bastante mais fácil do que pensava trabalhar pasta de açúcar. Certezas? Sim, nunca mais vou comprar um bolo de aniversário!



* A loja Casa dos Bolos é um espaço pequeno mas com muitas coisas fantásticas para quem gosta de confeccionar bolos e decorá-los. Desde formas para bolos, de todos os géneros (números, redondas, flores, carros, laços, etc.), a cortadores (comprei as ditas margaridas... mas há folhas, flocos de neve, flores diversas,estrelas, arvores...), as pastas de açúcar (covapaste, pasta portuguesa e outras...), os sacos de pasteleiros, corantes, enfim (é só imaginar e está lá). O senhor que me atendeu é uma simpatia e inclusivé explicou-me tim por tim como devia aplicar a pasta de açúcar. Fica aqui o link para quem quiser visitar http://casadebolos.blogspot.com/ (podem consultar os preços dos produtos no próprio site... ).

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Estou em Pulgas


É verdade.... ontem fiz o meu primeiro bolo decorado ... e não consigo esperar mais para vos mostrar como ficou.. depois já posto a receita e conto as aventuras e técnicas que utilizei...... ainda não tenho fotos dele cortado. Só mais logo, depois de cantarmos os parabéns à minha mãe!


Quadrado com calda de laranja





Pois... nem sei o que chamar a isto... sobejou massa dos muffins e tinha uma laranja perdida lá em casa...

Resolvi tirar a casca à laranja, cortar em juliana muito fina e levar ao lume com água e bastante açúcar. Fiz uma calda não muito espessa e reguei por cima do tal quadrado de massa de muffin... ficou aprovado! Decorei com fatias de laranja bem finas. Venha a vitamina C, tão boa nestes tempo frios!

Simplesmente Muffins






Este fim de semana esteve mesmo propício para se ficar em casa e desfrutar de coisas bem doces, por forma a compensar o frio que se sentia lá fora! Não fugimos à regra e com dois lanchinhos marcados com amigos, fizeram-se estes muffins. Foram a estreia de umas formas de silicone que tinha comprado já há muito tempo.

Depois de muito procurar, encontrei esta receita num livro de receitas do Pingo Doce... são simples e saborosos, excelentes para acompanhar com compotas e um chá bem quente. Servi com doce de morangos em pedaços e compota de abóbora com amendoas. Podem encontrar a receita do doce de abóbora aqui neste blog.

Ingredientes
250 g farinha (utilizei metade farinha de trigo e metade farinha maizena)
250 ml de leite
125g açúcar
125g manteiga (derretida)
2 ovos grandes
2 colheres chá de fermento
1 colher chá de sal
raspa e sumo de 1 limão pequeno

Preparação
Pré-aquecer o forno a 180ºC. Misturar farinha, sal e fermento. Num outro recipiente, bater a manteiga até ficar esbranquiçada, juntar as duas gemas de ovo e continuar a bater. Adicionar o açúcar e o leite e bater até obter uma mistura homogénea. Juntar aos ingredientes secos e misturar com o batedor de varas o suficiente apenas para combinar. Junte as duas claras de ovo batidas em castelo e envolva delicadamente. Acrescentar então a raspa e sumo de limão.

Deitar a massa nas formas (rende aproximadamente 10 muffins) e levar ao forno por aproximadamente 30 minutos ou até que um palito inserido no centro saia limpo. Como podem ver pela foto, tenho apenas uma forma de 6 muffins, o que fez com que tivesse de me socorrer de outras formas lá por casa para aproveitar a massa restante :) sairam madalenas.. e uma outra coisa que vou postar a seguir...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Canja de Pato



Belissíma esta sopa, caldo, ou canja, como se preferir... há tempos fui ao jumbo e comprei três patos para fazer uma receita com os peitos dos ditos cujos. Comprei os patos embalados e retirei uma senha do talho e pedi para os arranjarem. Separei os peitos, pedi para cortarem as coxas/pernas e a carcaça pedi para a partirem ao meio. Com os peitos fiz um magret de pato com especiarias e laranja (almoço de família), com as coxas servi um jantar para amigos em casa e com as carcaças fiz este caldo. Assim se poupa... sim, porque comprar peitos de patos quase a 19,00 € (preço referência dos peitos de patos embalados - no continente), não obrigado!

Ingredientes
Carçacas de 2  patos mais os miúdos dos ditos
meio chouriço
1 cebola média
2 dentes de alho
hortelã
sal e pimenta
massinhas (utilizei pevides)

Preparação
Numa panela de pressão, introduza o pato, a cebola, o chouriço, os alhos e a hortelã. Deite por cima a água, tempere com sal e pimenta e, após levantar pressão, leve a cozer durante cerca de 25 minutos. Findo este tempo, escorra o pato, retire-lhe a pele e os ossos e, finamente, desfie a carne. Coe o caldo da cozedura e leve novamente ao lume. Quando este levantar fervura, acrescente a massa e, depois de rectificar os temperos, deixe cozer.

Sirva com uma folhinha de hortelã, colocada em cada prato (eu não tinha, para grande pena minha).

Compota de abóbora




Um dos defeitos/qualidades que eu tenho é que não gosto de perder tempo com absolutamente nada... por exemplo, quando compro um gadget ou uma máquina lá para casa, quem costuma ler o manual das instruções é o marido e depois ele faz o resumo... ou então, começo logo a mexer na máquina (por isso é que compro coisas user friendly...). Na cozinha, quando as receitas pedem medidas exactas, eu tendo, por vezes, a "aldraba-las"... isto aconteceu com a compota de abóbora. Tinha meia abóbora no frigorifico já quase a passar e não sabia o que fazer com ela... já tinha feito uma série de sopas e não me apetecia fazer mais. Por isso, uma compota vem sempre a jeito... não segui nenhuma receita, pois não estava com paciência para procurar a receita, por isso aveturei-me e saiu bastante bem!

Ingredientes
Abóbora cortada aos pedaços pequenos, devo ter utilizado cerca de 1,5 kg
Acúcar a gosto (gastei 1 kg)
2 paus de canela
Casca de limão (2 ou 3)
Amendoas peladas (a gosto)


Preparação
Corta-se a abóbora, retira-se a casca, corta-se de novo aos bocados pequenos e lavam-se. Pesam-se esses bocados. Para cada quilo de abóbora junta-se o mesmo peso em açúcar (eu usei um pouco menos). Envolve-se tudo, misturando, com colher. Leva-se ao lume, com os paus de canela e casca de limão a cozer, em lume brando.

Quando estiver no ponto, com uma cor ligeiramente douradinha, e com consistência de compota, junta-se, se pretender, um pouco de amêndoas cortadas aos bocadinhos.

Envolve-se tudo de novo. Guarda-se em frascos e deixa-se arrefecer. Quando frio, cobre-se a parte de cima da compota com um pouco de açúcar e tapa-se com tampa. Optimo, acompanhado com queijo fresco, requeijão, queijo flamengo, tostinhas, ou bolacha......

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A menina dos fósforos


Este conto era um dos meus preferidos quando criança, mas já havia muito que eu não o lia... acho que vale a pena partilhar!


"Estava tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre rapariguinha seguia pela rua fora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de atravessar a rua a correr para fugir de um trem. Um dos chinelos desapareceu no meio da neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para a irmã mais nova brincar.

Por isso, a rapariguinha seguia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles a toda a gente que passava, apregoando: — Quem compra fósforos bons e baratos? — Mas o dia tinha-lhe corrido mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre rapariguinha! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava.

Sentou-se no chão e encolheu-se no canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o vento metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.

Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente como tule. E a rapariguinha viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de loiças finas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da rapariguinha. O fósforo apagou-se, e a pobre menina só viu na sua frente a parede negra e fria.

E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as montras das lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz.

«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe muita vez: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»

Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!

— Avó! — gritou a menina — leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda.

Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços e, soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus.

Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída uma rapariguinha, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… mor ta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos. — Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! — exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo."

Hans Christian Andersen

Os melhores contos de Andersen

Editora Verbo, s/d

http://nonio.eses.pt/contos/andersen.htm consultem este site para verem a história e verem algumas ilustrações, depois têm actividades engraçadas, sobretudo para meninos do 1.º e 2.º ciclo.





Dedo entalado... infecção na certa :(



O meu piolho, Tiago, não me dá tréguas... eu já me prometi tirar um curso de primeiros socorros, pois este menino dá-me mesmo muitos cabelos brancos!

A história? A de sempre! Fez segunda-feira, dia 7, uma semana que o Tiago resolveu entalar-se na porta do elevador. Resultado? Uma grande gritaria, um dedo bastante inchado... passado uns dias começou a ficar bastante vermelho e a ganhar pûs por baixo da unha. Pensei logo: esta unha já foi! Mas pior, começou mesmo a ficar com um aspecto bastante mau. Preocupada, tá claro. Durante o fim de semana colocamos o dedo em água morna com sal para vermos se conseguiamos que a infecção começasse a sair cá para fora... e aos poucos lá ia amolecendo a zona da crosta e o pûs começou a sair.

Hoje, levei-o para o colégio e avisei as auxiliares do facto. O bom do colégio onde o Tiago anda é que têm um enfermeiro permanentemente... e soube que ele hoje teve de fazer um penso, após ter desinfectado o dedo e ter colocado uma pomada para ajudar a unha a cair e a infecção melhorar.

Não há emenda possível, a não ser bastante "Ioga" por parte dos pais, para não stressar... ainda hoje de manhã, prestes a sair de casa, já todos arranjadinhos, lá vem o Tiago a correr nem Norte, embate na Rita e esta cai desamparada e bate com a cabeça na porta da cozinha...

haja muita paciência :) e sangue frio!



Sopa de espinafres







Ontem foi dia de terapia... sozinha em casa sem marido e filhotes, resolvi enfiar-me na cozinha toda a tarde! Para mim não há nada mais relaxante do que cozinhar.

Resultado?

- Doce de abóbora com amendoas;
- Arroz de pato;
- Cannelones;
- Canja de pato;
- Bacalhau cozido com legumes (o meu almoço)...

Deixo-vos a primeira receita:

Ingredientes
4 Batatas
2 cenoura
1 cebola pequena
2 dentes de alho
1 molho de espinafres
1 colher de sopa de coentros picados
Massinhas a gosto
Sal e pimenta q.b.

Preparação
Descasque, corte os vegetais em pedaços e leve-os a cozer numa panela com 1,5 litros de água. Depois de cozidos triture-os dentro da panela. Entretanto lave bem os espinafres e corte ou ripe-os Corte também a cenoura em rodelas finas. Junte então os espinafres, a cenoura, os coentros e o alho picado ao creme e deixe cozer por pouco tempo. Ponha a sopa nos pratos e enfeite a gosto.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Arroz de Sarrabulho





Este fim de semana houve matança do porco em casa de uns amigos em Viana do Castelo. Foi um fim de semana com muita chuva, ou melhor, rios e rios de chuva, já que as estradas estavam completamente inundadas de água, fazendo nascer rios de água em estradas de asfalto.

Já há muito anos que não ía a uma matança do porco... e bem dito, acabei por ir e não ir. Ou seja, escapulimo-nos à parte que eu odeio, a parte da morte do animal e "colamo-nos" à parte boa da coisa: a comida!!! Para além de eu adorar a gastronomia do Minho, a mãe da Rosa, a D. Lúcia cozinha muito bem... e ... em enormes quantidades! No Sábado lá fomos nós almoçar a casa dela... imagine-se a mesa... ora aqui está...





Mesmo grande não é... ? À que dar de comer a todos que ajudaram à matança e a "estes" Mouros" que se colam sempre a estes eventos :)

No Domingo a ementa foi uma canja de galinha caseira de se lhe tirar o chapéu, com massinhas e o caldo muito saboroso. De seguida, vieram para a mesa travessas de carne do porco, costelas, ossos, lombos, chouriço e outras partes do animal que não identifiquei, tudo cozido e acompanhado de umas couves portuguesas excelentes e adocicadas, batatas e cenouras. Tudo acompanhado de um vinho tinto verde bastante bom. Escusado será dizer que perdi a conta ao quanto comi.... quando me dizem que a seguir vem o Sarrabulho... vem o quê??, perguntei eu, já encostada à cadeira e refastelada, que já nem conseguia respirar de tanto comer.

Não há problema... come-se uma ou duas uvas em aguardente (na primeira foto, facilmente as confundimos com azeitonas, não é?) que ajudam a digestão. Esta iguaria, que eu já tinha provado em casa da D. Lúcia e o Senhor Pereira o ano passado, é de facto muito eficaz, embora não tivesse sido milagrosa! Mas sempre consegui arranjar um espaço para duas colheres de arroz e um pouco de chouriça fresca.

Lá começaram a aparecer as travessas do dito arroz e umas travessas de chouriças. Estas chouriças são frescas e feitas com o sangue do porco e mais qualquer coisa por certo, mas que eu não apanhei. Estas chouriças são apenas fervidas em água e vão para a mesa acompanhadas de rodelas de limão que o comensal pode utilizar para regar o arroz de sarrabulho.

Mas como as imagens valem por tudo aqui fica mais uma:




A receita da D. Lúcia: coze-se os lombinhos do porco em água. Reserva-se a água para fazer o arroz. Faz-se um refogado de cebola e junta-se o arroz e a água da cozedura da carne. Tempera-se de sal se necessário e deixa-se cozer o arroz. Desfia-se os lombinhos de porco e quando o arroz está a ficar malandro junta-se a carne bem desfiada e o sangue do porco. Leva-se a "correr" para a mesa, ainda a ferver e bem malandro. DIVINAL!

Mais estórias...

Em 2006, foi criada a confraria do arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima, como forma de divulgar e realçar o valor gastronómico e histórico deste prato.


"Aliás esforço seguido, também, pelo Adelino Tito Morais que apresentou no II Congresso Nacional de Gastronomia de Santarém uma tese subordinada ao título “Arroz de Sarrabulho de Ponte de Lima”. Tudo terá começado a partir de 1860, na Vila de Ponte de Lima após o casamento de Pedro Joaquim dos Santos com Clara Rosa Penha: ele de Calheiros e Arcozelo, ela da freguesia da Feitosa. José Augusto Vieira já se refere ao Sarrabulho na sua obra “O Minho Pitoresco” (1886). Mas será o Cónego Barbosa Correia (falecido em 1981), e que morou defronte ao restaurante Clara Penha que afirma ter sido a apresentação do Arroz de Sarrabulho, aquando da sua Missa Nova em 01 de Janeiro de 1916. Belozinda Varela após o falecimento de sua tia Clara Penha continuou com o sucesso do arroz de Sarrabulho, fez escola, teve bons alunos (cozinheiros e cozinheiras) e diz-nos como foi possível transportar para Viana do Castelo esta iguaria. Assim como, a fundação do Restaurante Encanada no mercado municipal, na década de 40 por uma sua sobrinha (Adelina Rocha Barros), depois o Gaio e depois Manuel Padeiro. A receita, segundo nos informou Belozinda Varela, teria chegado a Viana com uma cozinheira de nome Se Rosa Paula, cujas descendentes em Ponte de Lima ainda existem (netas e sobrinhas-netas).

Então, “El Rei” sarrabulho, metia papas, arroz de sarrabulho, os rojões com batatinhas louras e o sangue esfarelado, o lombo com belouras, farinhotas, batata assada e castanhas e, a terminar, o leite creme queimado pela férrea, estaladiço, gostoso. Não se usava muito o “sarrabulho”, diz-nos Belozinda Varela. Era mais o bacalhau da seca de Viana, os filetes de pescada à Clara Penha, a pescada no forno, um arroz de pargo e lagosta, um arroz de frango, soltinho."

Retirado de http://confrariadosarrabulho.com/



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O corre-corre

Chega a esta altura do ano e só me apetece ir de férias... o Verão terminou e parece que ainda foi ontem. Os meses de Outono mais pareceram de Verão e o Natal está à porta. A compra das prendas, os rebuliços dos centros comerciais, as confusões, as decorações gigantes, a pressa, o corre-corre.... só de pensar cansa...

... hoje deu-me para pensar nisso... hoje vou começar as compras de Natal....

Saí pizza para o jantar





Receita expresso apropriada para aqueles dias que deviam de ter mais de 24 horas...

Nada melhor para terminar com alguns restos de ingredientes lá por casa... a massa da pizza tirei ...daqui o resto.. do frigorifico!

Ingredientes para o recheio
Cogumelos
Natas de sabor três queijos
Azeite
Oregãos
Molho de tomate
Sal
Milho

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Achei esta frase mesmo boa!

"O berlusconimómetro é a melhor medida para avaliar o que nos está a acontecer. É a medida-padrão para percebermos quanto baixámos na escala dos valores"



Helena Matos, Blasfémias
 
http://blasfemias.net/

Panna Cotta de Baunilha

Ingredientes
3 embalagens de natas gordas (600 ml)
3 folhas de gelatina
4 colheres de sopa de açúcar
1 vagem de baunilha

Preparação
Numa panela colocar as natas e o açúcar e mexer até dissolver. Á parte dissolver as folhas de gelatina em água. Levar as natas a aquecer, mexendo sempre. Não deixar ferver. Adicionar a vagem de baunilha. Continuar a mexer e adicionar a gelatina (costumo passá-la por uma rede, o que previne que apareçam pequenos nódulos de gelatina no doce). Retirar a vagem de baunilha e continuar a mexer até que as natas cozam. Colocar numa forma previamente passada por água (ou em formas pequenas ou mesmo taças) e levar ao frigorifico para solidificar.

Calda a gosto. Utilizei chocolate preto e decorei com castanhas em calda.

Creme rico de garoupa e marisco em massa folhada

Respeite a qualidade dos ingredientes e terá uma experiência inesquecível de sabores!





Ainda no forno!!!!

Ingredientes (para seis sopas bem servidas)
Uma cabeça de garoupa com cerca de 2 a 3 kg (eu utilizei uma garoupa com cerca de 1 kg, pois não tinham cabeça de garoupa) *
1 sapateira de 900 gr ou mais (já cozida, congelada)
Algumas amêijoas (cerca de 20), boas, frescas e de rio
1 cebola média
1 batata média
1 talo de alho francês pequeno
1 pitada de açafrão
meia malagueta
Sal e azeite
3 embalagens de massa folhada


Preparação

Comece por temperar a garoupa com sal. Numa panela, temperada com sal, pimenta, malagueta e uns ramos de cheiro (salsa, essencialmente, mas pode adicionar outras ervas, ou mais ervas), coloque a garoupa e deixe cozer. Aproveite para desmanchar a sapateira e desfiar as suas carnes e entranhas (reserve algum deste preparado para fazer uma pasta, com maionese e mostarda e servir com tostas no momento de servir a sopa). Abra as amêijoas e retire das cascas (reserve). Numa panela, colocar azeite e um dente de alho descascado e aquecer. Colocar a cebola e deixar estrugir. Adicione a batata e o alho francês e deixe suar durante alguns minutos. Adicione algum do caldo do peixe (onde cozeu a garoupa). Pegue na varinha mágica e passe a mistura de vegetais, rectifique os temperos, adicione um pouco da mistura da sapateira e do peixe (já arranjado e sem espinhas) e passe novamente com a varinha mágica. Tem o creme pronto que pode, agora enriquecer com uma pitada de açafrão e natas ou mesmo uma gema de ovo (eu optei só pelo açafrão).

Colocar o creme nas tigelas e por cima a garoupa desfiada, a sapateira e algumas amêijoas. Colocar a massa folhada por cima das tigelas e pincelar com uma gema de ovo. Levar ao forno até a massa folhada estar dourada, como se vê na foto.



PS - opte por umas taças redondas e mais pequenas, pois arrisca-se a que aconteça o mesmo que me aconteceu... se repararem a massa apresenta nos cantos pequenos buracos, pois a massa começou a cair para o centro da taça. De qualquer forma, ficou deliciosa, e mesmo a massa do centro estava cozida!

* quando comprar a cabeça de garoupa, tenha em atenção a sua frescura, verificando os olhos do peixe que se devem apresentar salientes e brilhantes. As guelras quando presentes, também nos dão boas indicações em relação à frescura do peixe, e estas devem estar vermelhas, de cor bem viva.